Afinal o Magalhães não era português!!!
2 de outubro de 2008
Afinal o Magalhães não era português!!! Não, não estou a falar do navegador, mas sim do computador portátil que o Sua Excelência o Primeiro-Ministro José Sócrates apresentou em Julho passado e que foi colocado à venda no mercado no final de Setembro. Este computador vai permitir a todas as crianças a navegação na net e, quem sabe, talvez até seja possível que algumas aprendam a pescar e desta forma possam matar a sua fome, causada pela pobreza que se alastra na população portuguesa.
O texto que se segue, que não foi originalmente escrito por mim e que circula na net, revela a farsa que é o Magalhães. Este caso é mais uma prova da falta de ética do actual Governo português, que não olha a meios para criar cenários de ilusões coloridas, completamente falsos, com o objectivo de ofuscar a realidade dura e crua do país.
O Governo já não é comandado por políticos, mas sim por empresas de marketing, que se encarregam de criar este mundo de ficção “Hollywoodesca”. O que interessa é a forma, não o conteúdo. Mas será que as pessoas que nos últimos anos têm vindo a “apertar o cinto” devido à crise económica, não abrem os olhos para esta falsidade toda? Com os media a jogarem do lado dos políticos vai ser um pouco difícil desmascarar o Governo. O desfecho deste desgoverno do país será imprevisível, mas há uma certeza: bom não será…
Magalhães – o mais escandaloso golpe de propaganda do ano
Os noticiários abriram há dias, com pompa e circunstância, anunciando o lançamento do 'Primeiro computador portátil português', o 'Magalhães'.
A RTP refere que é 'um projecto português produzido em Portugal'
A SIC refere que 'um produto desenvolvido por empresas nacionais e pela Intel' e que a ' concepção é portuguesa e foi desenvolvida no âmbito do Plano Tecnologico.'
Na realidade, só com muito boa vontade é que o que foi dito e escrito é verdadeiro. O projecto não teve origem em Portugal, já existe desde 2006 e é da responsabilidade da Intel. Chama-se Classmate PC e é um laptop de baixo custo destinado ao terceiro mundo e já é vendido há muito tempo através da Amazon.
As notícias foram cuidadosamente feitas de forma a dar ideia que o 'Magalhães' é algo de completamente novo e com origem em Portugal. Não é verdade. Felizmente, existem alguns blogues atentos. Na imprensa escrita salvou-se, que se tenha dado conta, a notícia do Portugal Diário: 'Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto'.
Pelos vistos, o jornalista Filipe Caetano foi o único a fazer um trabalhinho de investigação em vez de reproduzir o comunicado de imprensa do Governo.
A ideia é destruir os esforços de Negroponte para o OLPC. O criador do MIT Media Lab criou esta inovação, o portátil de 100 dólares...
A Intel foi um dos parcceiros até ver o seu concorrente AND ser escolhida como fornecedor. Saiu do consórcio e criou o Classmate, que está a tentar impor aos países em desenvolvimento.
Sócrates acaba de aliar-se, SEM CONCURSO, à Intel, para destruir o projecto de Negroponte. A JP Sá Couto, que ja fazia os Tsumanis, tem assim, SEM CONCURSO, todo o mercado nacional do primeiro ciclo.
Tudo se justifica em nome de um número de propaganda política terceiro-mundista.
Para os pivots (ex-jornalistas?) Rodrigues dos Santos ou José Alberto Carvalho, o importante é debitar chavões propagandísticos em vez de fazer perguntas.
Se não fosse a blogosfera - que o ministro Santos Silva ainda não controla - esta propaganda não seria desmascarada. Os jornalistas da imprensa tradicional têm vindo a revelar-se de uma ignorância, seguidismo e preguiça atroz.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicholas_Negroponte#O_PC_de_USD_100
Este governo tem-se caracterizado pela utilização excessiva de truques de marketing e manipulação de noticias... este é so mais um exemplo...
Acredita, concordo completamente com o comentário actual. Aliás por também ter constatado isso, tive uma discussão com uma professora minha que acreditava imenso no produto "nacional". LOL
Abraço.
Professora tótó... :p