O prometido é devido...



Hoje é dia de falar de merda, ou seja, política. Tinha prometido e estou a cumprir, mesmo arriscando-me a falhar. Sim, porque se quero falar de política em Portugal corro o perigo de não dizer nada de jeito. E isso não é difícil de acontecer, visto que os próprios políticos enfrentam esse problema todos os dias.

Sabemos que o país está a atravessar uma crise económica, mas o pior é que, directamente relacionada ou não, estamos a viver uma séria crise de valores.

É vergonhoso como os políticos em vez de discutirem os problemas do país se preocupam antes em devassar a vida privada dos seus opositores, como se a sua fosse um melhor exemplo ou isso interessasse para algo. Considero que o mais importante para nós é que eles sejam um exemplo de boa gestão para o país, o que fazem em casa ou fora dela, desde que não infrinjam leis e que não estejam em representação do governo, deve-nos ser indiferente.

E quanto a esta matéria, já abordada em demasia nesta pré-campanha eleitoral, não devo acrescentar mais, porque acho que não se devem alimentar estas questões, sobretudo quando não há ninguém capaz de agarrar o touro pelos cornos e desfazer tudo em pó.

Entretanto, é curioso como esta campanha começou pelo boato, que demonstrou ser uma má estratégia, passou a generalidades, com os candidatos a falar em conceitos como a qualidade de vida ou garantias sociais, e agora passou às promessas de acções concretas, que é aquilo que todos esperamos ouvir, mas que nunca se cumpre.

O primeiro debate entre os dois principais candidatos, que foi organizado pela SIC e a participação da :2, acabou por ser uma hora de propaganda política, em que os candidatos se limitaram a transmitir frases previamente estudadas para passar ao público. Contudo, não havia qualquer fundamentação nas suas afirmações. Eles conhecem os desejos dos eleitores, prometem concretizá-los, mas não sabem como o vão fazer. De qualquer forma, esse não é um problema, porque eles também não estão minimamente preocupados ou interessados em cumprir se algum dia chegarem a ser Governo.

Neste debate foi notório de que nenhum dos candidatos está à altura do cargo de primeiro-ministro. Eles não dominam nenhum tipo de matéria. Qualquer dos jornalistas dispunha de mais informação sobre os assuntos do país. Como diz o outro: “falam, falam e eu não os vejo fazer nada… por isso fico chateado”.

Com este cenário nós, o país, estamos perdidos…

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Publicada porLuy  

2 comentários:

Anónimo disse... 06/02/05, 19:30  

Oi, Luy!

Sem alterar NADA do conteúdo do teu artigo, editei-o para o tornar visualmente mais fluido, espero que não te importes :)

Penso que os nossos últimos artigos têm estado em sintonia, pelo menos em parte, e deixa-me só deixar uma rectificação: o debate entre os líderes do PSD e PS foi uma 'join-venture' entre o 'Clube de Jornalistas' (RTP, Público e Antena 1), SIC e o 'site' Sapo.

Não vi todo o debate, mas pareceu-me que o Sócrates estava mais seguro de si e das suas ideias (e isso não significa que estivesse seguro, simplesmente estava 'mais' seguro que o oponente).

Santana pareceu-me dizer algumas incorrecções e algumas m*rdas tb, passo a expressão bregeira, que comentei no artigo que publiquei 'Aih, a arrogância...'

Sócrates pareceu-me o mais agressivo, o que me espantou e penso que no final ganhou o debate, mesmo que sem grande vantagem em termos de imagem.

É tudo por agora, comenta tu também os outros artigos/blogs quando puderes,

*Xuac*

DMA Produções disse... 07/02/05, 14:21  

Perdidos é pouco... Não vejo a hora em que Espanha toma conta de nós... Assim não vamos a lado nenhum...
Que desilusão.

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