Corrida contra o tempo

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Está a chegar a manhã ao fim e já tenho o trabalho mais ou menos orientado, mas o início do dia não foi fácil.

Hoje também eu explodi, como tenho visto muita gente fazer nos seus blogues. Queixam-se da rotina ou das situações insólitas do dia a dia, falam das relações amorosas, dos problemas familiares, das tensões no trabalho... ou seja, falam da vida em geral, que num ou noutro ponto toca aspectos das vidas de cada um de nós, que nos identificamos e revemos nesse rol de histórias.

Esta manhã não estava com vontade alguma de me levantar. Já sentiram isso? Claro que sim. Eu sinto isso todos os dias. O quê?! Você também?!

Normalmente crio uma trifonia em casa para despertar melhor. Começo por ligar o rádio-despertador do quarto, depois ligo o rádio da casa de banho e termino com a aparelhagem da sala, onde me sento no sofá a tomar o pequeno almoço, ainda meio zombie.

Por mais que perspective sair a determinada hora, tenho sempre que contar com a sina de que me vou atrasar pelo menos em 10 minutos, o que faz toda a diferença. E hoje não foi excepção.

Confesso que tenho algum receio em conduzir de manhã. Nunca me sinto suficientemente desperto àquela hora. Mas hoje conduzi com uma atenção especial, embora a minha atenção estivesse mais direccionada para paisagem ao invés da estrada. De qualquer forma, esse olhar de contemplação não conferira qualquer sinal de que estava devidamente acordado.

Os 10 minutos de atraso pesaram sobre o meu pé direito, que imprimia mais um pouco de velocidade ao veículo, mas a serenidade marcava o compasso. Mas foi por pouco tempo, porque o som do telemóvel interrompeu o transe em que me encontrava. Era o chefe. Eu não sabia do auricular, e, para além disso, não estava em condições de responder as perguntas difíceis. Deixei tocar. Como sempre não devia ser nada de tão importante que não pudesse aguardar mais 20 minutos - o suficiente para eu começar a pôr os neurónios a trabalhar para o mundo real.

Mas o telemóvel não parava. E eu já começava a ficar em stress, ainda mais quando numa rotunda uma jovem me corta a saída, porque decidiu fazer ¾ da dita pela faixa de fora. Eu acabei por dar mais uma volta ao “carrocel” a buzinar e a chamar-lhe todos os nomes, ainda com o coração aos pulos porque foi por centímetros que consegui evitar fazer-lhe uma pega de cernelha.

Um pouco mais à frente travei numa série de passadeiras. Aqui os peões faziam toda a questão em que eu observasse em pormenor as suas peças de vestuário ou, então, que admirasse a habilidade com que falavam ao telemóvel e atravessam a estrada ao mesmo tempo.

Quando chego ao parque de estacionamento, um daqueles que é para nós o oásis no meio do caos, que julgamos que só nós conhecemos, tenho uma camioneta a cortar a passagem. Reclamei com um senhor que estava junto ao veículo, um brazuca, que me informou que o patrão tinha ido buscar gasóleo para solucionar o problema. Pois...

Por sorte lá arranjei um buraco noutro sítio para por o carro. Saí a correr e meti-me a “pedantes” por um atalho que, como diz o ditado, me levou a trabalhos. Entrei numa rua que estava efectivamente em trabalhos e não consegui passar. Tive que voltar atrás. A esta altura já estava a espumar...

Mesmo assim ainda consegui chegar ao trabalho no último minuto do tempo de descontos.

Ufff.......

E, como eu já calculava, a urgência do chefe era só na cabeça dele.

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Publicada porLuy  

3 comentários:

zehtoh disse... 05/04/05, 17:13  

tás a ver, isso tudo e afinal até conseguiste chegar a tempo... podias ter feito o caminho nas calmas, sem te chateares, e o resultado teria sido o mesmo... :)

enfim... ;)

Anónimo disse... 05/04/05, 17:14  

Não, Zeh, por um minuto o Luy não entrava na hora de desconto!!!!! Prá próxima vem a abrir!!!!!!!


lol

*Xuac* ;)

vivencias disse... 05/04/05, 18:39  

Luy com o nº de horas que tu dás á casa não vinha mal ao mundo se chegasses meia hora atrasado, ou se faltasses um dia, ou dois...
Quando falo de ti aplica-se aos dois, eu stresso quando também não devia stressar.
Mas eu vivo em Lisboa, agora tu vives no Alentejo. Tem calma e leva uma vida de perfeito alentejano,lol.
Faz jus á raça

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