Histórias Mundanas II - A Conservatória do Registo Civil

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Já por aqui contei uma história mundana sobre a EDP e hoje volto às história mundanas para contar uma sobre os serviços de uma Conservatória do Registo Civil.

Há cerca de um ano que o meu bilhete de identidade está num estado deplorável. Ora, acho que eu não serei um caso isolado, visto que com aquele tamanho de cartão, torna-se quase necessário dobrá-lo em quatro partes para caber em qualquer sítio. O BI português deve ser o único da Europa que mais parece um postal ilustrado que um cartão de identificação pessoal. Se fosse ligeiramente maior ultrapassava as medidas do quadro da Monalisa de Da Vinci.

Hoje achei que era o dia D para dar reforma ao cartão e lá fui eu à Conservatória do Registo Civil fazer um novo. O senhor que me atendeu disse que aquela situação carecia de uma certidão de nascimento. Afirmou que o cartão estava deteriorado e já não era válido. Ainda o olhei de lado, mas lá pedi o tal documento, que custou 8€ e se trata de uma simples fotocópia assinada e carimbada com o selo branco, tirada, e aqui é que está o caricato, pelo mesmo senhor, de um dos livros de registos da conservatória e que era precisamente para ficar por lá!

Mas não ficamos por aqui. Posteriormente, dirigi-me a uma senhora e aqui é que as coisas azedaram. Agora, para tornar a história mais perceptível, tento reproduzir o diálogo que tivemos.

Ela: (Avançando com um papel para mim.) Vai ter que escrever neste papelinho porque é que o cartão se encontra neste estado.

Eu: !?!?!? Como?

Ela: O senhor devia saber que o BI é um documento muito importante e que não se pode encontrar neste estado. Como tal, tem que explicar nesta folhinha porque o entrega assim.

Eu: Entregar assim?! Mas ali o senhor disse que este BI não era válido! Porque é que o tenho que entregar? Até estou a pagar uma certidão para me fazerem outro! E não vão aproveitar a informação deste! Então o que é que acontecia se eu tivesse perdido o cartão?

Ela: Se tivesse perdido o cartão teria que pagar mais 50 cêntimos.

Eu: Ok, então eu perdi o cartão e pago mais 50 cêntimos. (E nisto meti o cartão no bolso).

Ela: Mas agora já não pode que eu já o vi.

(Aqui passei-me)

Eu: Não é preciso ser-se muito esperto para perceber que esta situação é ridícula. Mas está bem, eu não tiro hoje o BI e volto cá para a semana, depois de ter perdido o BI num passeio de fim-de-semana.



Quando lhe virei as costas para sair deparei-me com umas 10 pessoas a caçar moscas de boca aberta, mais os restantes funcionários da conservatória).

É um absurdo ter que justificar seja o que for sobre um documento que é totalmente pago por mim!
Palavras para quê??? É o país que temos.

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Publicada porLuy  

1 comentários:

Anónimo disse... 25/04/05, 18:16  

LOL

Aih, aih, realmente só cá é que acontece isto (apesar desta frase ser tb um exagero e um cliché do tamanho do mundo lol).

Onde é que o menino anda com o BI??? O meu está intacto... não entendo, você deve esfregar-se muito e lá se vai o BI!!!!

:ppppp

*xuac*

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