É como andar no deserto, sempre tão longe e tão perto...

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Para quem gosta de boa música, o título do novo álbum de Lúcia Moniz, Leva-me P’ra Casa, pouca influência tem na sua compra. E espero que esta não seja uma mensagem subliminar, porque este trabalho não precisa dessas artimanhas. É um disco muito equilibrado do género pop/rock, bem escrito, com uma harmoniosa sonoridade garantida pela voz doce de Lúcia e uma excelente produção.

Filha de músicos, Carlos Alberto Moniz e Maria do Amparo, Lúcia Moniz apesar de acompanhar o pai em pequenas apresentações, teve a sua primeira grande visibilidade pública com uma participação no Festival Eurovisão da Canção em 1996, representando Portugal com apenas 19 anos, com o tema O Meu Coração Não Tem Cor, alcançado a melhor classificação nacional, um sexto lugar.

Em 1999 apresenta-se com o primeiro disco de originais Magnolia (1999), o nome da localidade estadunidense onde foi gravado, e foi produzido por Nuno Bettencourt dos Extreme, que fez inclusivamente um dueto com Lúcia no tema Try Again, um dos mais forte do álbum a par com Dizer Que Não. O disco tinha uma componente muito pop e logo despertou atenções e seduziu as rádios portuguesas.

Depois de um intervalo de pouco mais de dois anos, Lúcia Moniz lança 67 (2002). Este segundo álbum de canções inéditas tem nome tirado do exacto número de dias que custou para ser totalmente gravado, editado e mesclado. Mais uma vez, para orientador musical Lúcia escolhe Nuno Bettencourt, cuja mão fez-se presente na produção, nos coros vocais, e também tocando quase todos os instrumentos. Dei-te nome de deserto, retirado deste registo, foi um dos temas que mais se ouviu.

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Em paralelo com a música Lúcia Moniz explora também uma veia artística na área da representação no teatro e na televisão e que fizeram parte do seu percurso profissional nestes anos. Em fins de 2003 Lúcia estreou-se na comédia romântica Love Actually (O Amor Acontece, em Portugal), figurando ao lado de mediáticos actores como Hugh Grant, Liam Neeson, Emma Thompson, Billy Bob Thornton, ou Colin Firth, que interpretava o papel de Jamie, com quem a personagem de Lúcia, Aurélia, faz par num estranho relacionamento baseado na comunicação além das línguas, pois Aurélia só fala o português e Jamie inglês. A realização do filme esteve a cargo de Richard Curtis, conhecido por trabalhos como Quatro Casamentos e um Funeral, Notting Hill e ter co-escrito O Diário de Bridget Jones.

Em Leva-me P'ra Casa apresenta uma Lúcia Moniz mais calma, mãe há um par de anos, mas com uma música mais intensa, que mistura vários estilos, embora a vertente pop/rock predomine. O álbum é produzido por Donovan Bettencourt, companheiro da viagem dos últimos anos e pai da sua primeira filha.

http://luciamoniz.blogspot.com/

Lúcia Moniz – Leva-me pra casa [2005]
(Nota: 7/10)

01 - Chuva (I) (****)
02 - Fica Bem (****)
03 - Tudo em Comum (****)
04 - Leva-me p'ra Casa (****)
05 - Slave (***)
06 – Sorry (***)
07 - Não Podes Esquecer (***)
08 - Wait (***)
09 - Tatuada de Mar (***)
10 - Tão Perto (de ser tudo) (****)

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Publicada porLuy  

3 comentários:

Anónimo disse... 02/11/05, 09:30  

Este album é interessantíssimo, a minha classificação:
01 - Chuva (I) (****)
02 - Fica Bem (****)
03 - Tudo em Comum (***)
04 - Leva-me p'ra Casa (****)
05 - Slave (***)
06 – Sorry (***)
07 - Não Podes Esquecer (****)
08 - Wait (***)
09 - Tatuada de Mar (****)
10 - Tão Perto (de ser tudo) (****)

Anónimo disse... 09/11/05, 20:27  

oi! adorei este post, pois gostei da maneira k falaram e elogiaram lucia e o seu trabalho! e foi bom terem divivulgado k mm k ela viva numa ilha pekena consegui xegar a onde xegou! viva a terceira! lol bjs e parabens pelo blog

Anónimo disse... 10/11/05, 21:59  

Olá...

Obrigado pelos vossos comentários.
E ainda bem que estão de acordo com a nossa preferência pela Lúcia Moniz. Só é pena que a comunicação social, e em particular as rádios, não esteja voltava para a divulgação da música pop/rock cantada em português.

Acho que temos que ser nós a dizer o que queremos ouvir.

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