É bom sentir que há coisas muito simples que ao mesmo tempo são de uma beleza excepcional e nos enchem o espírito, sem que para isso tenhamos que recorrer ao elemento material, refiro-me à utilização do dinheiro.

Há coisas que não se compram, como é o caso dos sentimentos dos outros por nós, mas também a nossa forma de sentir as coisas não carece de dinheiro, mas apenas de sensibilidade e uma aceitação da harmonia que a natureza pode proporcionar em nós.

Quem nunca conseguir apreciar um pequeno raio de sol numa manhã fria ou as primeiras gotas de água depois de um Verão tórrido, nunca saberá dar valor ao que efectivamente enriquece a nossa vida.

Publico uma fotografia da praia da Marinha, no Algarve, de um espaço único, deserto, em que por momentos se pode sentir uma verdadeira comunhão entre nossa finidade e a grandiosidade do mar, em que nos é transmitida essa sensação de que pertencemos a um todo que forma a matéria, mas que nós somos os únicos seres que temos a capacidade de ter esse entendimento. É claro que todos temos essa capacidade, mas nem todos a utilizam, mas isso é outra história.