There’s “no doubt”… she’s good.

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Se já é difícil para um membro de uma banda desenhar uma carreira a solo, essa tarefa ainda se torna mais difícil quando esse elemento é do sexo feminino. Contudo, Gwen Stefani mostra em "Love. Angel. Music. Baby." que tem algo a dizer sobre essa matéria.

Definitivamente, o público pode até não chegar a dar atenção a este trabalho, mas é de veras notório que ela fê-lo não para mostrar que sabe fazer as coisas a solo, mas porque lhe apeteceu pôr as mãos na massa por conta própria.

Tirando duas canções mais intimas e calmas, o álbum é ocupado por um espaço de "groove dance party" do princípio ao fim. Tenho a leve impressão que, para Gwen Stefani, fazer este disco foi um momento de diversão completa, onde solta toda a sua energia e onde não há limites. É uma forma de percebermos melhor qual é o seu papel nos “No Doubt” e um caminho para ela reclamar um lugar no espaço da música pop, que é um género que não seria possível dentro da sua banda – os “No Doubt”.

Aqui há de tudo, como na loja do mestre André. Embora em certa medida seja positivo, porque atesta a capacidade de Gwen em tocar uma grande diversidade de géneros musicais, o facto de utilizar uma multitude e vários registos de sons numa só canção, joga nalguns casos contra. Acaba por existir uma variedade tão díspar em cada canção, que por vezes gosta-se de uma parte em particular, mas há outras que poderiam ser completamente dispensáveis.

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"Love. Angel. Music. Baby." passa sobretudo pelo hip hop, R&B e um pop de influência britânica, com uma aproximação tão estreita que é muito fácil identificar o som dos New Order em "Real Thing". Parece que os anos 80 estão mesmo a ser redescobertos e recuperados a pouco e pouco.

O primeiro single, “What You Waiting For?” é o tema que mais se aproxima da linha dos “No Doubt”, o resto é para descobrir. Não se pode dizer que seja um álbum excelente, mas reúne os requisitos para se poder passar umas quantas vezes no leitor de CD’s, até se enjoar, claro. Participações especiais de Eve em “Rich Girl”, segundo single, e de Andre 3000, dos “Outkast”, em “Long Way to Go”, entre outros.


Gwen Stefani - "Love. Angel. Music. Baby." [2004]
(Nota 7/10)


Temas:

1. What You Waiting For? (***)
2. Rich Girl (feat. Eve) (****)
3. Hollaback Girl (***)
4. Cool (****)
5. Bubble Pop Electric (***)
6. Luxurious (****)
7. Harajuku Girls (***)
8. Crash (***)
9. Real Thing (****)
10. Serious(****)
11. Danger Zone (***)
12. Long Way to Go (feat. Andre 3000) (***)

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Publicada porLuy  

2 comentários:

Anónimo disse... 11/04/05, 17:46  

Crash, Serious mereciam mais... Rich Girl tem demais... :ppp

É um álbum k balança entre o hip-hop e o retro dos anos 80, gostei :)

Anónimo disse... 12/04/05, 11:52  

Aqui as estrelas para os temas vão de uma a cinco e sou dou nota máxima aos temas que considero ser uma obra prima. O álbum da Gwen não tem nenhum tema que na minha opinião cumpra esse requisito.
o termo "Retro" já se tornou um cliché, por isso não utilizei. Mas é como dizes, e eu também disse no texto, estamos a voltar aos anos de ouro da música pop - os 80's.
Desde que não estraguem... tudo bem.
No entanto, é de salientar que para muita gente os 80's representam o que se fez de pior na música até aos nossos dias.

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