Return to the Origins
1 de julho de 2010

Muito conotados com um estilo electrónico, os Goldfrapp variam entre a música ambiente e downtempo e a música dança e o glam rock. Neste Head First a linha orientadora foi sobretudo a música dança, alternando entre o pop mais melódico, em temas como Head First ou Dreaming, e um pop electrizante e ácido, em Shiny And Warm e Believer, com os sintetizadores a debitarem uma multiplicidade de sons, uns mais familiares que outros.
Alison Goldfrapp, que dizem ter mau feitio, é sem dúvida a imagem do grupo. A cada disco Alison Goldfrapp explora um novo visual, que vai ao encontro da sonoridade do novo trabalho. Neste Head First, a sua imagem e o ambiente criado para os vídeos seguem uma onda futurista/espacial, mas que ao mesmo tempo parece ser propositadamente um pouco pink kitch, remetendo-nos para os anos 80 e forma como a ficção científica nos era apresentada cinematograficamente nesse período.

Em Head First as alternativas para single são muitas, e o primeiro foi Rocket, promovido com um vídeo irónico, no qual Alison Goldfrapp despacha o namorado num foguetão (rocket), tal como nos conta na letra da música. O segundo single é o tema Alive, apresentado há cerca de 2 semanas, mas as minhas apostas iriam para Dreaming e I Wanna Life. Contudo, o álbum relativamente pequeno, contendo apenas 9 temas, e a última faixa uma espécie de instrumental, assemelhando-se mais a um EP.

Com Head First é de esperar um concerto bastante animado, talvez a recuperar temas dos álbuns Black Cherry (2003) e Supernature (2005), que estão mais mais próximos musicalmente deste.
Goldfrapp – Head First [2010]
(Nota: 8/10)
1. Rocket (****)
2. Believer (**)
3. Alive (***)
4. Dreaming (****)
5. Head First (****)
6. Hunt (***)
7. Shiny And Warm (***)
8. I Wanna Life (****)
9. Voicething (**)
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Sade, 10 Years Later
24 de junho de 2010
O primeiro álbum, Diamond Life (1984), vendeu 50 milhões de cópias, tornando-a a artista do Reino Unido mais bem sucedida de sempre. Até ao ano 2000 editou mais quatro álbuns: Promise (1985), Stronger Than Pride (1988), Love Deluxe (1992) e Lovers Rock (2000). O interregno de 10 anos criou bastante expectativa sobre o que nos poderia apresentar Sade neste novo milénio. Inúmeros temas tinham tatuado a marca Sade no mundo da música, como Smooth Operator, The Sweetest Taboo, No Ordinary Love ou Cherish the Day, e o público estava ansioso por voltar a assistir à criação de mais clássicos da cantora.

Todo o lirismo do álbum está relacionado com título do álbum, como se Sade tivesse transportado para este disco todas as energias, sensações e emoções que viveu no campo amoroso nesta última década. Contudo, a mesma temática, interpretada musicalmente num tom melancólico, já vinha dos trabalhos anteriores de Sade.
Soldier of Love é sem dúvida a canção mais comercial do álbum, destacando-se da carga melancólica da maioria das outras músicas, alternadas por Babyfather ou Bring Me Home, que são outros dois temas que dão alguma animação ao álbum. As músicas são extremamente orgânicas, com a voz quente de Sade, aliada à dos coros, a fazer uma perfeita fusão de sons.

Sade - Soldier of Love [2010]
(Nota: 7/10)
1. The Moon and The Sky (****)
2. Soldier of Love (****)
3. Morning Bird (***)
4. Babyfather (****)
5. Long Hard Road (***)
6. Be That Easy (***)
7. Bring Me Home (***)
8. In Another Time (***)
9. Skin (***)
10. The Safest Place (****)
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Kelis: Flesh Tone
19 de maio de 2010
E é assim que finalmente chegamos a Flesh Tones. Lançado agora mundialmente através de uma nova editora e quebrando com toda a lógica associada a Kelis, ela transforma-se numa rainha da disco. Com fortes inspirações na pop/disco do fim da década de 1970 é impossível não rever um pouco de Madonna e o seu igualmente inspirado Confessions On A Dancefloor. A maioria das canções foi gravada enquanto Kelis se encontrava grávida e as palavras do disco espelham na plenitude essa influencia na sua vida.
O primeiro single de apresentação, Acapella, assim é:
Kelis: Flesh Tone [2010]
(Nota: 9/10)
"Intro" - *****
"22nd Century" - *****
"4th of July (Fireworks)" - *****
"Home" - ****
"Acapella" - *****
"Scream" - ***
"Emancipate" - *****
"Brave" - *****
"Song for the Baby" - ****
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Keane: Night Train LP
12 de maio de 2010
Keane: Night Train [2010]
(Nota: 8/10)
2.Back in Time - *****
3.Stop for a Minute(feat K'naan) - ****
4.Clear Skies - ***
5.Ishin Denshin (You've Got to Help Yourself)(feat Tigarah) - *****
6.Your Love - ****
7.Looking Back(feat K'naan) - ****
8.My Shadow - *****
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Congratulate 4 What?
6 de maio de 2010

Se no primeiro álbum, como eu descrevi na crítica que fiz aqui no blog, os MGMT se destacavam por “uma sonoridade inovadora, mas ao mesmo tempo a rivalizar com os sons mais sombrios da pop experimentalista do ambiente alucinogénico dos clubes de Nova Iorque dos anos 70”, no seu novo álbum, Congratulations, os MGMT levam essa experiência ao seu expoente máximo, sem isso queira dizer que vão no bom caminho.

Ainda um pouco atordoados pelo sucesso que Oracular Spectacular lhes trouxe, os MGMT quiseram concentrar-se de novo na música. Como não queriam repetir a receita do primeiro disco, em Congratulations a banda seguiu por um percurso que não era propriamente o que tinha como final chegar a um produto musical de massas.
No início o grupo nem estava a considerar a comercialização do álbum, que pretendia disponibilizar em download gratuito na sua página web, mas onde apenas esteve em escuta. Os MGMT também não pretendiam lançar qualquer tema em single, porque consideravam que este álbum não tinha sido idealizado para se desmembrado em canções individuais, ainda mais quando o grupo nem tinha muitas certezas se as rádios quereriam passar os novos temas.

Quanto ao conteúdo musical do álbum propriamente, os MGMT foram ao baú dos anos 60 resgatar o rock psicadélico. A sonoridade é demasiado soturna, atingido o seu apogeu com o arrepiante tema Lady Dada's Nightmare. Definitivamente, não compreendo a que se deve o sucesso de vendas deste álbum, tendo acolhido também contínuos elogios da crítica. Oracular Spectacular era um disco alternativo, mas Congratulations é simplesmente hiper-alternativo, e para ser ouvido e gozado na sua plenitude a sessão necessita de ser complementada com substâncias psicotrópicas.
MGMT – Congratulations [2010]
(Nota: 5/10)
1. It's Working (***)
2. Song for Dan Treacy (**)
3. Someone's Missing (***)
4. Flash Delirium (***)
5. I Found a Whistle (***)
6. Siberian Breaks (**)
7. Brian Eno (**)
8. Lady Dada's Nightmare (*)
9. Congratulations" (****)
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No Snow, Pure Sound
26 de abril de 2010

Christian Karlsson e Pontus Winnberg são amigos de infância, fase da vida que passaram em Gotemburgo, e vieram a juntar esforços na área musical em Estocolmo com o músico americano Andrew Wyatt. A intenção da banda era apenas a de fazer música sem qualquer interesse meramente comercial, tanto que não tinham planeado fazer uma digressão para apresentação deste primeiro trabalho.
Contudo, a notoriedade que o projecto tem alcançado, um pouco por todo o mundo, levou a banda a planear um conjunto de concertos nos EUA, onde actuaram no famoso Festival Coachella, e Europa. A divulgação do trabalho dos Miike Snow deveu-se sobretudo ao facto de alguns temas do álbum terem feito parte da banda sonora das séries televisivas Gossip Girl e The Buried Life da MTV.
O auto-intitulado álbum dos Miike Snow foi editado em Outubro de 2009, e primeiro single extraído foi o do tema Animal. Posteriormente seguiram-se Black & Blue e Silvia, possivelmente um tema dedicado à Rainha Sílvia da Suécia.
O sucesso dos Miike Snow são mais um exemplo da confirmação de que está a surgir uma nova tendência musical, que poderá ditar o fim do reinado do hip-hop e do rap, dominantes na última década. Possivelmente a década de 2010 – 2019 ficará conotada com uma nova exploração da música electrónica, resultante da fusão do electrónico com sonoridades orgânicas, criando um ramo mais alternativo da música pop, afastando-se da instantaneidade comercial característica da pop.
A produção deste álbum é fenomenal e destaca-se sobretudo ao nível da sua sonoridade, que é extremamente diversificada, com uma multiplicidade de efeitos sonoros combinados em simultâneo, que garante a uniformidade, e que só são completamente apreendidos e desconstruídos através da sua escuta com bons auscultadores e depois de diversas repetições.
Todos os temas são excelentes, pelo que apenas destaco o meu preferido: Cult Logic, que por acaso foi o primeiro que ouvi e que me fez querer descobrir este álbum.
Resta dizer que os Miike Snow já estão confirmado para o Optimus Alive!10, no dia 10 de Julho.
Miike Snow - Miike Snow [2009]
(Nota: 8/10)
1. Animal (****)
2. Burial (***)
3. Silvia (***)
4. Song for No One (****)
5. Black & Blue (****)
6. Sans Soleil (****)
7. A Horse Is Not a Home (***)
8. Cult Logic (*****)
9. Plastic Jungle (***)
10. In Search Of (****)
11. Faker (****)
12. Billie Holiday (***)
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De Girls Aloud a Cheryl Cole
24 de março de 2010
Com uma componente mais pessoal o projecto provou ser um novo sucesso para as cinco raparigas e a sua equipa de produção. Tal como os restantes projectos, alcançou o disco de Platina no Reino Unido e Can't Speak French foi um dos singles [aqui ao vivo na digressão de apoio ao álbum]:
Tal como um relógio bem calibrado, foi logo no ano seguinte que surgiu o quinto e último álbum de originais das Girls Aloud. O seu nome: Out Of Control.
E é assim que chegamos a Cheryl Cole. Ignorando intrigas e histórias alheias à música, é em 2009 que é lançado o seu primeiro álbum a solo, 3 Words:
Impossível não deixar referência ao tema Parachute. No final Cheryl vence com um álbum sólido e com canções bem trabalhadas e variadas, sendo a ela a quem cabe dar seguimento à música que as Girls Aloud deixaram quando se tornaram numa das bandas mais prolíferas da pop britânica da década passada.
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Ke$ha or Ca$h?
19 de março de 2010
Ke$ha tem apenas 23 anos, é americana, e está a arrasar os EUA com o seu primeiro single, hiper-dançante, TiK ToK. Os estragos estão a expandir-se um pouco por todo o mundo, incluindo a Europa, claro.
Ke$ha é irreverente, prima por um visual descuidado e afirma nas entrevistas que o aspecto “cool” do seu cabelo é conseguido com pouco banho e pouco pente. Outras das questões recorrentes que os jornalistas fazem a Ke$ha, prende-se com facto dela contar no seu site uma aventura que protagonizou ao entrar clandestinamente na casa de Prince, de quem se confessa fã. Ke$hsa terá subornado o jardineiro com uma nota de 5 dólares para entrar e deixou um CD na mesa da sala do Príncipe de Minneapolis, antes de ser apanhada pelos seguranças, na esperança que este produzisse o seu álbum.

O álbum de estreia de Ke$ha tem como título Animal e a sua sonoridade vai desde os ritmos de dança electrónicos e frenéticos de Kiss N Tell ao punk enérgico e cru de Party at a Rich Dude's House. As letras são construídas por Ke$ha a partir de pequenos episódios da sua curta vida, sobretudo conotados com a sua adolescência. Pelas letras percebemos que a sua vida de adolescente foi muito perversa, sendo as insinuações de cariz sexual constantes, em que tão depressa diz "you really should've kept it in your pants" como “just show me where your dick's at”.
Ke$ha nasceu em Los Angeles, mas passou a sua infância em Nashville, no Tennessee, depois da sua mãe, uma cantora punk-rock, ter conseguido um contrato como publicista num estúdio de gravação, pelo que Ke$ha desde muito tomou contacto com o mundo da música e acabou seguir essa área nos estudos. Os cantores de country Johnny Cash, Dolly Parton e Patsy Cline começaram por influenciar as suas preferências musicais. Como é óbvio, pela amostra dos dois singles extraídos do seu álbum - TiK ToK e Blah Blah Blah – Ke$ha seguiu um estilo musical bastante diferente do country.

Estou curioso para saber até onde conseguirá ir Ke$ha depois deste sucesso repentino, mas para já é garantido que este álbum estará para durar e que Ke$ha se desdobra em apresentações de todo o género, em discotecas e programas de televisão de todo o mundo, para o promover.
Ke$ha – Animal [2010]
Nota: 7/10
1. Your Love Is My Drug (****)
2. TiK ToK (*****)
3. Take It Off (****)
4. Kiss N Tell (***)
5. Stephen (***)
6. Blah Blah Blah featuring 3OH!3 (***)
7. Hungover (***)
8. Party At A Rich Dude's House (**)
9. Backstabber (***)
10. Blind (***)
11. Dinosaur (**)
12. Dancing With Tears In My Eyes (****)
13. Boots & Boys (***)
14. Animal (***)
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Empire of Down Under
28 de fevereiro de 2010
A música dos Empire of the Sun entra na categoria do novo electro-pop-dance deste novo milénio, acompanhando a tendência de bandas como os britânicos Friendly Fires e os americanos MGMT, que já por aqui apresentámos.
A carreira dos Empire of the Sun tem-se feito de pequenos passos, numa conquista moderada dos tops um pouco por todo o mundo. Até ao momento lançaram 4 excelentes singles - Walking on a Dream, We Are the People, Standing on the Shore e Without You -, que atestam a qualidade deste álbum com que se apresentam no mundo da música.
Contudo, o grupo viu-se envolto numa polémica, quando Donnie Sloan, baixista dos Sneaky Sound System, outra banda australiana de dance punk, procurou processar os Empire of the Sun por considerar que os temas We Are the People, Walking on a Dream, Half Mast e Without You tinham sido escritos por si para um álbum a solo em 2005, material que entregou em bruto a Nick Littlemore, para este remisturar

Julgo que a voz nasalada do vocalista Luke Steele e a forte aposta na imagem são duas das notas de destaque deste projecto. A voz de Luke Steele é rara e por vezes faz-nos parecer que é manobrada por sintetizadores e a capa do disco é extremamente apelativa, embora me recorde a capa de Mad Max, com Tina Turner e Mel Gibson.
Os Empire of the Sun já fazem parte do cartaz Super Bock Super Rock, que este ano se realiza no Meco, e a organização já disse que foi díficil agendar a presença da banda em Portugal, porque realiza poucos concertos, mas que visualmente o seu espectáculo é muito interessante. Espero que quem puder ir confirme isso mesmo.
Empire of the Sun - Walking on a Dream [2009]
Nota: 7/10
1. Standing on the Shore (****)
2. Walking on a Dream (*****)
3. Half Mast (****)
4. We Are the People (****)
5. Delta Bay (***)
6. Country (instrumental) (**)
7. World (***)
8. Swordfish Hotkiss Night (***)
9. Tiger by My Side (***)
10. Without You (****)
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This Girl Is a Monster
15 de janeiro de 2010

Este mini-álbum Monster é um verdadeiro monstro a apoderar-se dos nossos frágeis ouvidos. Desta vez Lady Gaga produziu uma espécie de best of, visto que todo álbum poderia ser desmultiplicado em singles de sucesso. Trata-se de um álbum viciante do princípio ao fim, com vontade de colocar em “repeat, over and over”. No entanto, é oportuno esclarecer que se trata de um álbum de puro electro/pop/dance, em que as letras são implacáveis e os beats martelam os ouvidos com doçura que, à semelhança do que nos acontece com os doces, chega a um ponto em que vamos enjoar.
Bad Romance foi o primeiro tema a ser apresentado, que num instante monopolizou rádios e tv, e para o segundo foi escolhido Telephone, que conta com a participação de Beyoncé, formando-se aqui um receita explosiva. Quanto a mim, Monster é o melhor tema do álbum, apesar de que qualquer um deles tem potencial para numa única auscultação conquistar qualquer fã desta vertente pop.
É notório que Lady Gaga fez uma boa pesquisa para a criação destes 8 temas, recolhendo as melhores influências do pop/dance dos anos 90. O tema Alejandro é uma cópia descarada do ritmo e estrutura musical criada pelos suecos Ace of Base.
As letras foram escritas por Lady Gaga entre 2008 e 2009, no período em que promovia o álbum The Fame pelo mundo. Para a produção do disco pensou em grande, reunido uma paleta de produtores que contribuíram para temas de êxito de artistas como os Fatboy Slim, Enrique Iglesias, Ricky Martin, Beck, Britney Spears, Sugababes ou Jennifer Lopez.
Lady Gaga explicou que o conceito deste álbum partiu da sua obsessão por filmes com monstros e também da sua obsessão pela decadência das celebridades e do modo como a fama é um monstro na sociedade. Revelou ainda que os álbuns The Fame e The Fame Monster funcionam como opostos, em que um simboliza o Yin e o outro o Yang.
Entretanto, Lady Gaga já se preparou para a sua primeira grande digressão mundial a solo, que no início seria em conjunto com Kanye West, que se viu obrigado a abandonar o projecto, após a polémica que criou nos MTV American Music Awards, quando subiu ao palco para tirar o microfone das mãos de Taylor Swift e dizer que era Beyoncé que devia levar para casa o prémio de melhor vídeo feminino. Kanye West terminou por ser vítima da sua intempestividade e também do monstro da fama.

Talento e um excesso de extravagância é algo que não falta a Lady Gaga, que possui uma voz incrível e um dote especial para sair à rua nas roupas mais estrambólicas, que têm demonstrado ingredientes infalíveis na sua ascensão à fama. A própria Lady Gaga já afirmou que os lucros da sua carreira não chegam para os dispêndios que faz no seu guarda-roupa. Eu tenho algumas dúvidas que não sobre alguma coisita. Contudo, é de salientar que a história que se vende é a de que a Lady Gaga é uma das últimas e raras “self made artist” dos tempos que correm, em competição no mundo das música com artistas que se consagraram através de mega-produtoras ou programas de televisão de caça talentos.
Lady Gaga - The Fame Monster [2009]
(Nota: 8/10)
2. Alejandro (****)
3. Monster (*****)
4. Speechless (****)
5. Dance in the Dark (*****)
6. Telephone (feat. Beyoncé) (****)
7. So Happy I Could Die (*****)
8. Teeth (***)
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Alicia Keys: The Element Of Freedom
21 de dezembro de 2009
Alicia Keys - The Element Of Freedom (Deluxe Edition) [2009]
"Love Is Blind"– *****
"Doesn't Mean Anything" - *****
"Try Sleeping with a Broken Heart" - *****
"Wait Til You See My Smile" - *****
"That's How Strong My Love Is" - ****
"Un-thinkable (I'm Ready)" - *****
"Love Is My Disease" - *****
"Like the Sea" - ****
"Put It in a Love Song" feat. Beyoncé - *****
"This Bed" - ****
"Distance and Time" - ****
"How It Feels to Fly" - ****
"Empire State of Mind (Part II)" - *****
"Through It All" - *****
"Pray for Forgiveness" - *****
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Come To Life
16 de dezembro de 2009

Apesar da excelente produção dos seus álbuns, Natalie Imbruglia não repetiu o sucesso que o primeiro álbum gerou à sua volta. Como nos álbuns anteriores, neste Come To Life Natalie Imbruglia volta a escrever as letras e procura testar novas contribuições, todas de luxo, como já tinha feito no passado. O álbum é produzido na sua maioria por Ben Hillier, que já deu forma a trabalhos dos Blur, Elbow ou Depeche Mode, mas também conta com a colaboração de Brian Eno numa das faixas. Os Coldplay também dão uma ajuda, e o seu estilo inconfundível no tema Fun. Natalie escreveu também em parceria com Chris Martin o tema Want, que é o single de apresentação do disco, e que tem estado a ter uma boa aceitação nas rádios.

É muito óbvio que com este álbum Natalie Imbruglia não tem qualquer pretensão em pertencer à realeza do pop. Ela parece contentar-se em disputar o top das cantoras mais sensuais da pop marginal e orgânica. Embora com uma voz mais madura, mas igualmente cristalina, este álbum não traz grandes novidades em relação aos anteriores. O registo continua a ser uma linha pop/rock menos convencional e pouco imediata, o que justificará a díficil permeabilidade dos seus temas nas rádios. Contudo, estes factos não passam de pormenores, porque estamos perante um álbum bem estruturado e amadurecido, na sua maioria com excelentes temas que foram construídos com uma satisfação pessoal e não com um intuito de mercantilista.
Quando comparado com os discos anteriores, este álbum assemelha-se mais ao trabalho de estreia de Natalie Imbruglia. Em Come To Life, o tema All The Roses faz-nos recordar o single Smoke [1998] e o tema rock WYUT remete-nos para Wishing I Was There [1998]. Contudo, julgo que este novo álbum acaba por reunir as melhores experiências dos anteriores, o que na minha opinião consagra Natalie Imbruglia como uma cantora única, em continua aprendizagem.

Se a sua beleza é incontestável numa mera observação, já a sua música leva mais algum tempo a descobrir, mas Come To Life é mais uma boa experiência na carreira de Natalie Imbruglia e também para quem ouve. Wild About It foi apresentado em Agosto apenas em vídeo, a primeira edição single foi de Want. O álbum já está à venda em alguns países, mas noutros foi adiado para Fevereiro, como no caso do Reino Unido. A primeira data de edição foi programada para 2007 (!) e talvez por essa razão tenha recebido o título de Come To Life!
(Nota: 7/10)
01. My God (***)
02. Lukas (****)
03. Fun (****)
04. Twenty (****)
05. Scars (****)
06. Want (****)
07. WYUT (***)
08. Cameo (***)
09. All The Roses (*****)
10. Wild About It (****)
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He's Sliimy. So what?
4 de dezembro de 2009
Embora o seu verdadeiro nome seja Yanis Sahraoui, a adopção de Sliimy como nome artístico compreende-se pelo facto de ser essa a sua melhor definição física e de ser realmente essa a sua alcunha de adolescente, a par da de esparguete, devido a ser extremamente magro, mesmo anoréxico. E é com essas características que Sliimy por vezes brinca nas letras das suas canções. Outra das suas características, não menos importante, sobretudo para o meio artístico em que se move, é o facto de Sliimy ser assumidamente homossexual e transportar também essa condição para a sua música, estando presente nas letras, mas também em toda a sua imagem, assumida de uma forma natural, eu pelo menos julgo que não é forçada, mas que coincide com determinados estereótipos.
Sliimy tornou-se conhecido por uma versão de Womanizer de Britney Spears que lançou no Youtube, que quanto a mim é muito mais apelativa que a original, à semelhança do vídeo. Um produtor decidiu apostar no seu talento e Sliimy fez parceria com Feed, um jovem produtor, multi-instrumentista e também seu amigo pessoal. E, num piscar de olhos, Sliimy já estava a ser convidado para fazer a primeira parte dos espectáculos de Britney Spears e Katy Perry na Europa.

O seu primeiro contacto com a música foi dirigido pela sua mãe, que lhe deu a conhecer a música de Michael Jackson, Madonna e dos Bee Gees. A sua progenitora viria a falecer quando Sliimy tinha apenas 7 anos e, segundo ele, a música tornou-se a sua melhor amiga e um elemento vital no seu crescimento e sobrevivência, à qual se dedicou e com a qual aprendeu bastante.
Actualmente as suas preferências musicais vão para Lily Allen and Kate Nash, e em Paint Your Face mistura um pouco do velho e do novo, para chegar a uma criação muito pessoal, que vai desde as baladas mornas a um exuberante pop-funk enérgico. O único senão no seu trabalho é a pronúncia inglesa, que por vezes nos faz perder a percepção da letra.
Wake Up foi o single de apresentação, com uma melodia extremamente lúdica e colorida, que foi muito bem transportada para o vídeo, e alcançou o 2º lugar do top francês. Paint Your Face será o segundo single a ser retirado deste álbum de apresentação e Sliimy encontra-se actualmente a gravar o vídeo, que se espera que seja tão original quanto os anteriores.

Contudo, apesar do talento ser evidente no álbum Paint Your Face, a colheita dos frutos tem sido díficil, pelo menos ao nível de uma projecção massificada de Sliimy. A sua fama tem sido gradual, embora nos EUA Sliimy tenha contado com a protecção do famoso colunista de mexericos cor-de-rosa na internet Perez Hitlon, que o contratou para a sua recém-criada editora discográfica Perezcious.
Já vi algumas apresentações ao vivo Sliimy e não restam dúvidas que tem presença em palco, que a afinação é brilhante, e que chega mesmo a provocar arrepios nalgumas gravações caseiras que fez para o Youtube dos diversos temas que integram este álbum. Os próximos lançamentos e acções de promoção deste álbum poderão consolidar o nome de Sliimy como novo artista à escala internacional ou então, se não forem bem sucedidas, colocar um ponto final numa fugaz carreira musical.
(Nota: 8/10)
1. Wake Up (****)
2. Magic Game (****)
3. Our Generation (***)
4. Every Time (****)
5. Paint Your Face (****)
6. Baby (****)
7. Trust Me (****)
8. Mum (****)
9. I'm Waiting For (*****)
10. Tic Tac (***)
11. My God (***)
12. See You Again (*****)
13. Womanizer (****)
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Rihanna - Rated R
23 de novembro de 2009
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Friendly Energy Music
13 de novembro de 2009
Friendly Fires são uma banda dance-punk britânica que me tem arrasado a cabeça nas últimas semanas. Um dia ouvi uma música do grupo, já não sei aonde, e como gostei apontei o nome para ir em busca da sua música. Encontrei o álbum de estreia da banda, com título homónimo, editado em 2008 e re-editado em 2009, que ouvi vezes sem conta.
Os membros dos Friendly Fires começaram desde muito cedo uma aventura musical em conjunto, com apenas 14 anos. Mas só depois da fase universitária, em 2006, é que a definitiva formação Friendly Fires tomou consistência.
O grupo assume como influências na sua música a corrente tecno da editora germânica Kompakt, assim como Carl Craig e Prince. Na verdade, eu só conheço a música do Prince e não a reconheço em Friendly Fires.
Neste disco de estreia, assinado pela XL Recordings, os Friendly Fires integram três temas – Photobooth, On Board e Strobe - que já tinham feito parte de 3 EP’s que lançaram entre 2006 e 2007, e que usaram como rampa de lançamento da sua carreira. Ainda antes da edição do álbum o grupo editou o single Paris, um dos meus temas favoritos deste disco de estreia.
A notoriedade dos Friendly Fires construiu-se sobretudo com a utilização de alguns dos primeiros temas como banda sonora de publicidade ou séries de televisão. O tema On Board foi usado nos EUA para a Nintendo Wii Fit e no jogo Gran Turismo 5 para a PlayStation 3, e White Diamonds foi incluído num dos episódios da série televisiva Gossip Girl.
As vendas no Reino Unido garantiram aos Friendly Fires o disco de ouro e no passado mês de Outubro passaram pelo britânico Channel 4, para uma participação no Live From Abbey Road, um programa que será mítico dentro de uns anos, à semelhança do que foi o Unplugged da MTV.
Quanto à sua sonoridade, a música de Friendly Fires é uma lufada de ar fresco sobre a música pop/rock, combinando extraordinariamente bem uma multiplicidade de sons com uma lírica pop suave e descomplexada, que transforma este álbum numa incrível banda sonora, contagiante do princípio ao fim. A produção do álbum conta com a participação de Paul Epworth nos temas Jump in the Pool e Skeleton Boy, que já produziu trabalhos para os Primal Scream, Sam Sparro, Kate Nash e Bloc Party, e talvez seja mesmo a influência dos Bloc Party que sobressai nesta produção para os Friendly Fires.
Os Friendly Fires não querem perder a embalagem que a sua carreira está a ganhar, e já estão a preparar um novo álbum, com edição prevista para Maio de 2010. O próximo álbum ditará se o grupo conseguirá definitivamente ascender ao topo ou se volta a ficar por este meio caminho.
Friendly Fires - Friendly Fires
(Nota: 8/10)
1. Jump in the Pool (*****)
2. In the Hospital (****)
3. Paris (****)
4. White Diamonds (****)
5. Strobe (****)
6. On Board (****)
7. Lovesick (****)
8. Skeleton Boy (****)
9. Photobooth (***)
10. Ex Lover (***)
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Mika Part II - The Boy Who Knew Too Much
19 de outubro de 2009
Life in Cartoon Motion vendeu quase 3 milhões de cópias e Mika percorreu o mundo a promover o álbum, concentrando os concertos na Europa e nos EUA. No passado mês de Setembro Mika apresentou The Boy Who Knew Too Much, o seu segundo álbum de estúdio, e já anda numa roda-viva a promovê-lo, percorrendo tudo o que são programas de TV. A última presença foi no prestigiado David Letterman Show, em Nova Iorque. Facilmente nos é possível acompanhar o itinerário da promoção do álbum através do quadro do twitter, publicado na página de internet oficial do cantor.
The Boy Who Knew Too Much foi produzido por Mika e por Greg Wells, tal como tinha acontecido no álbum anterior. O resultado da repetição desta dupla na produção do álbum resultou, na minha opinião, na criação de um Life in Cartoon Motion parte II. Geralmente há sempre uma grande expectativa por parte do público e da crítica, relativamente ao segundo trabalho de um artista que teve um enorme sucesso com o álbum de estreia, que é o caso de Mika. Se por um lado a sensação de repetição num segundo álbum pode agradar aos fãs mais acérrimos, por outro lado a crítica, a continuidade do apoio de um público mais exigente e a captação de novos públicos pode ficar comprometida.
We Are Golden, o tema de apresentação do álbum, que foi anunciado primeiramente como sendo o título do novo álbum, remete-nos para a montanha russa musical de Grace Kelly, que foi o tema de apresentação de Life in Cartoon Motion. Mas as semelhanças entre os dois álbuns não ficam por aqui. Há um tema novo intitulado Good Gone Girl que nos recorda Big Girl (You Are Beautiful) e outro intitulado Rain que pode ser comparado com Relax (Take It Easy).

Contudo, as semelhanças entre os dois álbuns não parece ter sido uma distracção ou mesmo falta na criatividade. Na verdade, a intenção de Mika foi de que este segundo álbum fosse uma continuação do primeiro álbum. Ele explicou que Life in Cartoon Motion lidava com o seu universo colorido da infância e que The Boy Who Knew Too Much é uma passagem pelo universo da sua adolescência.
Naturalmente, voltam também a estar presentes neste álbum as semelhanças no registo vocal entre Mika e Freddy Mercury, uma evidência que foi muito enfatizada pela crítica quando ouviu Life in Cartoon Motion. Ainda assim, há algumas novidades a registar, sendo a mais interessante o tema Blue Eyes, que tem uma melodia latina por base e que nos remete para alguns trabalhos Paul Simon.

O álbum tem influências do pop britânico dos anos 70 e 80, sendo fácil distinguir a influência da vertente pop dos Beatles em Dr. John ou dos Queen em Lover Boy. A minha preferência vai para os temas mais calmos, mais concretamente I See You e By the Time, que dão o único colorido novo ao trabalho de Mika.
Resta dizer que Mika regressa a Portugal a 16 de Abril para a apresentação deste The Boy Who Knew Too Much no Campo Pequeno.
The Boy Who Knew Too Much (2009)
Nota: 6/10
1. We Are Golden (****)
2. Blame It On The Girls (***)
3. Rain (****)
4. Dr John (***)
5. I See You (****)
6. Blue Eyes (***)
7. Good Gone Girl (***)
8. Touches You (**)
9. By The Time (****)
10. One Foot Boy (***)
11. Toy Boy (**)
12. Pick Up Off The Floor (***)
13. Lover Boy (bonus track) (***)
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