One Man Show

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O britânico Mr. Robert Peter Williams apresenta-se este ano com Intensive Care, o seu 6º álbum na bagagem. Severamente criticado no seio da famosa boysband Take That e aquando do seu abandono ou expulsão, nunca ficaram esclarecidas as razões, e considerado por muitos o patinho feio do grupo, revelou-se o mais talentoso e único one show man dos cinco rapazes.

A mãe de Robbie é proprietária de um pub chamado “The Red Lion” e o pai um artista da stand-up comedy. Ao que parece juntaram-se dois excelentes ingredientes para produzir o génio criativo e rebelde de Robbie Williams.

Ironicamente, em 1996, quando Gary Barlow, considerado a melhor voz dos Take That, era escolhido pelos media como o sucessor de George Michael, Robbie lança o seu primeiro single, uma versão de Freedom do próprio George Michael criada para assinalar a sua independência do litigioso com a editora Sony e ao qual Robbie deu o mesmo significado, mas no sentido de marcar a sua independência do álcool e das drogas depois de um período de desintoxicação. O disco chega a 1º na tabela de singles do Reino Unido.

Dá-se então o pontapé de saída para cinco álbuns originais de grande sucesso: Life Thru A Lens (1997), I´ve Been Expecting You (1998), Sing When You´re Winning (2000), Swing When You´re Winning (2001), Escapology (2002). Isto tudo, para além da edição de um disco ao vivo e o primeiro greatest hits. Os singles lançados sempre tiveram uma grande apetência para escalar o top britânico e muitos fizeram eco para lá da fronteira das ilhas, como Angels, Old Before I Die, No Regrets, Kids (dueto com Kylie Minogue), Somethin´ Stupid (clássico de Sinatra, em dueto com Nicole Kidman) e Feel (com Daryl Hannah no video).
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Para apresentação de Intensive Care o tema escolhido foi Tripping, uma aposta acertada e com um video mirabolante a acompanhar, como é de costume em Robbie Williams. Trata-se de uma canção bastante original, com umas misturas interessantes e da qual sobressaem ritmos reggea.

Intensive Care tem sido apontado como o melhor álbum de Robbie Williams e a sua próxima tournée, a ter início em 2006, está a bater recordes de vendas. Na realidade este álbum continua a seguir a mesma metodologia dos anteriores, preenchido com umas 2 ou 3 canções muito poderosas, marcadas por uma extraordinária produção e autenticidade, às quais se juntam outras muito idênticas a um estilo já por si marcado e que na primeira audição deixam transparecer a sua familiaridade a outros temas de Robbie. As canções Make Me Pure e Advertising Space, novos singles já a rodar nas rádios e na MTV, apesar do álbum só ter sido editado a 24 de Outubro, são o melhor exemplo do repetido cunho de Robbie.

É claro que Robbie cedo percebeu que o segredo do sucesso é evitar a repetição e reinventar-se continuamente. Por isso, o tema A Place To Crash mostra algo muito próximo dos Rolling Stones e ao mesmo tempo com muitas parecenças com o Bohemian Like You dos The Dandy Warhols. Para aumentar a sua notoriedade e sucesso só lhe resta vingar nos EUA e um papel no cinema, talvez a encarnação de James Bond, que já há muito persegue.
Robbie Williams – Intensive Care [2005]
(Nota: 7/10)

1. Ghosts (***)
2. Tripping (*****)
3. Make Me Pure (***)
4. Spread Your Wings (****)
5. Advertising Space (*)
6. Please Don't Die (****)
7. Your Gay Friend (**)
8. Sin Sin Sin (****)
9. Random Acts Of Kindness (***)
10. The Trouble With Me (****)
11. A Place To Crash (**)
12. King Of Bloke And Bird (****)

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Publicada porLuy  

2 comentários:

Anónimo disse... 13/12/05, 13:06  

Não me conseguiu prender este álbum, não direi que é mau (o delicioso ego do sr. Williams não o permitiria), mas realmente poucos dias depois de várias tentaivas, o álbum não conseguiu prender-me.

Qto a James Bond, parece k ele foi convidado pra cantar o novo tema chamado Casino Royale (LOL). Pensei k fosse a Mimi, mas enfim... mto melhor escolha.

Anónimo disse... 13/12/05, 14:22  

Ora, aqui estão duas opiniões bastantes díspares.
Eu poderia ter dito muito mais em relação ao Robbie, mas o texto também não podia ser muito extenso. No entanto, de um modo sintéctico tentei fazer um análise o mais imparcial possível.
E na minha opinião o álbum é bom. Mas como se pode verificar com o passar do tempo, as canções do Robbie Williams perdem-se no tempo e isso quer dizer qualquer coisa. Os seus anteriores êxitos não fazem parte dos clássicos das rádios. Tirando o Angels e talvez o Feel.
A pressa em editar singles, sempre uns atrás dos outros, faz parte de uma estratégia de massificação de vendas que por sua vez leva a uma anulação dessa perpetuidade dos temas. É pena.
Mas o álbum, embora não sendo uma obra prima, é bastante bom. E não julgo que seja o melhor da sua carreira. Se assim fosse podia já arrumar as botas... :P
Agora só falta que a digressão passe por Portugal para alegrar o nosso amiguito Zoick... :p

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