Siobhán Donaghy - Ghosts

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Confesso que tenho que estar muito concentrado para conseguir vocalizar o nome desta artista mas dificilmente me esquecerei da sua música que tão de repente entrou na minha vida.
Para que a reconheçam quase de imediato basta dizer que Siobhán Donaghy foi um dos membros (a ruiva) das Sugababes, talvez a maior girl-band britânica após as lendárias Spice Girls. Siobhán foi a primeira a sair, não satisfeita com o rumo que a banda estava a tomar e, agora que descobri a sua obra, bem que entendo a sua opção. Os álbuns de Siobhán poderão aproximar-se ligeiramente do álbum de estreia das Sugababes, mas estão a milhas de distância dos mais recentes trabalhos da sua banda original. Esta jovem artista (que faz 23 anos neste mês de Julho) tem um estilo muito mais explorador de melodias e domina um mar de produções que vão desde o mais depressivo rock psicadélico à mais pura canção etérea.

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O primeiro álbum a solo, Revolution In Me, lançado em 2003 até que começou bem com um moderado hit Overrated e Twist Of Fate e os seus excelentes vídeos a acompanhar, mas no fim o álbum afundou-se nas tabelas britânicas e não alcançou mais que #117.



A frieza dos números não deixam mostrar a qualidade do trabalho que nos apresenta um conjunto de explorações musicais muito interessantes e sólidas.
Mas Siobhán não desiste e lança brevemente o seu segundo álbum, Ghosts que é uma obra claramente superior ao seu antecessor, não porque Revolution In Me fosse fraco, mas porque Ghosts é, simplesmente, uma pérola da música moderna britânica!

Destaques:

Don’t Give Up – O primeiro single de apresentação, os sintetizadores e a voz de Siobhán procuram um estado de conforto que nos é oferecido pelo refrão. Don't give it up/I heal and hide/Forgive this hurt of mine/We all have the scars/To show

So You Say – Esta faixa foi escolhida para segundo single e a dor que a letra (brilhante) toca é sufocante no momento de ruptura entre duas pessoas. Don't say you'll think about me/Or say that you can live without me/Didn't we make it nearly/For everything that I hold dearly/How many ways can I say plainly, we can /Before it wore on us thinly/To each and every degree/You've got me in agony



There’s A Place – Talvez a primeira obra-prima apresentada no álbum com uma harmonia entre melodia, letra e voz. Este tema mostra-nos a versatilidade vocal de Siobhán que consegue aqui transportar-nos para mundos de beleza inigualável e de força que nos ampara a queda. Linda! I don't mind/If you cry/I want to be/Holding your hand/And you can feel/You can lean/Don't turn away

Make It Right – Tema usado como uma confissão de todo o caos provocado por uma voz que admite a sua culpa. A artista mostra, mais uma vez, uma brilhante forma de integrar letra complexa em melodias motivantes ao ouvido. Don't lose control of this misery/Why pacify just punish me/Seperate from this pain up on me/Don't let me take this liberty/I lack the will to make it right/I only know how to start a fight/Giving in to my every need/Only breathe the selfish me

Medevac – Há momentos na vida que, embora penosos e dolorosos, nos dão a inspiração para criar algo brilhante e é neste estado de espírito depressivo que Siohbán melhor se expressa no seu sufoco. If only you could, fix me up/Cos like a ship in the night/I'm losing the fight/Help me out here/cos I'm strung out/I can't go back there, or I'll burn out/Medic! Medevac me up/I've credit for you to blow out the dark

Ghosts – Este é mais um tema brilhante que consegue encerrar o álbum em pleno. A voz, uma complexa mistura de vozes viradas do avesso conjugadas com vozes lineares, faz-nos acreditar que fantasmas estão a tentar comunicar connosco numa áurea de misticismo pagão. Poderá lembrar-nos os Enigma… no seu melhor! Fantástica! White dresses/she can't carry on/but her nimble fingers still feel the cold (adivinhado)

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A excelência das melodias e das letras de Siohbán Donaghy prometem uma carreira promissora mesmo que nunca volte a atingir a projecção que as inicialmente irreverentes Sugababes lhe deram, mas a verdade é que a decisão de abandonar o grupo no seu auge parece agora, e mais que nunca, fazer sentido porque Siohbán entendeu que o seu sentido era completamente diferente do das outras colegas e é precisamente o trajecto que esse sentido lhe deu que ela nos apresenta este álbum brilhante.

Siobhán Donaghy – Ghosts: (9/10)

Don’t Give Up - *****
So You Say - ****
There’s A Place - *****
Sometimes - ****
12 Bar Acid Blues - ****
Make It Right - *****
Coming Up For Air - ****
Goldfish - ***
Medevac - *****
Halcyon Days - ****
Ghosts - *****

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Publicada porAnónimo  

2 comentários:

Anónimo disse... 10/12/07, 21:11  

esse cd é brutal! como quase ninguem a conhece achei por bem comprar mesmo o cd lol. bom gosto ;)

Anónimo disse... 23/01/08, 21:41  

Melhor cd de 2007!!!!!!!!Ainda o hoje
o ouço vezes sem conta,muito bom mesmo.

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