Gripe A e a montanha que pariu um rato...


Agora que o tema da Gripe A começa a perder o interesse, julgo que seja mais claro o grau de alarmismo excessivo que foi injectado (ta-da!) aos portugueses durante os últimos meses. Exemplo disso são os milhões de vacinas compradas em altura de crise que estão agora em prateleiras à espera de serem despachadas (leia-se vendidas de forma a minimizar os danos económicos) a outros. Pode ser que o barrete ainda sirva a alguém.

Em Portugal não foi diferente, ainda há milhões de vacinas não utilizadas que continuam à espera de o ser, ou de chegar o fim da sua validade. E com isto milhões foram gastos numa acção claramente megalómana e sem o estudo científico devido. A Saúde é uma área extremamente dispendiosa mas também igualmente essencial e deverá ser acessível a toda a população, mas não deverá sofrer este tipo de deslizes alarmistas quando estes vão prejudicar todo o resto do funcionamento do Sistema Nacional de Saúde. E no fim de contas, e como já aqui foi debatido, tudo não passou de uma encenação alarmista sem que nada o justificasse. Ainda hoje em Portugal o plano de vacinação está a ficar muito àquem do esperado dado que a maioria das pessoas decidiu não tomar uma vacina que não foi devidamente testada e cujos riscos são maiores que os benefícios na maioria dos casos.

O grande vencedor desta campanha é, obviamente, a indústria farmacêutica que ganhou assim uns biliões extra numa altura de crise mundial. E a maior parte dos países caiu que nem patinhos! Veja-se:

[clicar para ver em grande]

Neste gráfico pode ser lido que até à data da sua criação (Dezembro), morreram em todo o mundo 5.850 pessoas derivado da Gripe A. Em Portugal morreram até hoje 69 pessoas. Um número que só por si pouco vale (com o devido respeito pelas mortes obviamente), porque quando comparado com o número de mortes causado pela gripe sazonal (uma média de 1773 mortes por época no período 1990-1998 e um pico de 3822 mortes em 2003 (!!!) - fonte) é um número demasiadamente pequeno para toda a atenção que a doença recebeu, ainda para mais com o grau de alarmismo permanente que as autoridades competentes, refiro-me à ministra da saúde Ana Jorge e ao director geral de saúde Francisco George que, ao aparecerem diariamente na comunicação social para minimizarem o alerta, acabaram por ajudar o efeito contrário: o alarmismo foi ainda mais alimentado com os seus comentários.

Dito isto, só posso dizer que, efectivamente, a montanha pariu um rato...

*xuac*

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Publicada porAnónimo  

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